A fotografia que aqui vemos já faz parte da memória histórica do mundo ocidental. Foi tirada nos anos de chumbo da Grande Depressão americana, nos anos 30. Resultado da crise que rebentou em 1929 devido à instabilidade e desregularização do setor financeiro. Consequências: falências, muito desemprego, fracturas sociais. Felizmente, os EUA tiveram um presidente à altura, que não teve medo de aplicar medidas de esquerda para contrariar a derrocada. Na Europa já se sabe, Salazar, Franco, Mussolini, Hitler, etc., esses preferiram pôr ordem nos pobres desordeiros à força do bastão.
Veja-se a outra foto, em baixo, onde a guarda desanca num grupo de mulheres grevistas ou que apoiavam os maridos grevistas (1943).
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Veja-se a outra foto, em baixo, onde a guarda desanca num grupo de mulheres grevistas ou que apoiavam os maridos grevistas (1943).
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São estes os resultados atuais, de 2013 (dados de março de 2014), de uma política de direita que protege o setor financeiro em vez de defender a sociedade democrática portuguesa que elege os seus representantes.
Repetidamente ouvimos dizer que vivemos acima das nossas possibilidades. Pois, veja-se a tristeza dos números sobre as pessoas deste país, que é Portugal:
2% não tem dois pares de sapatos de tamanho adequado;
2% não pode assegurar uma refeição de carne ou peixe por dia;
7% das crianças não tem possibilidade de fazer uma simples festa de anos;
10% não tem acesso à net por razões económicas;
11% vive em casa onde o número de pessoas é superior ao de assoalhadas;
20% não tem dinheiro para comprar roupa nova;
24% das crianças não participam em atividades extracurriculares, como natação ou música;
28% não tem meios para aquecer a casa adequadamente;
43% não pode pagar uma dívida inesperada no valor de um seu salário;
60% não tempossibilidade de pagar uma semana de férias por ano...
E no entanto o número de milionários em Portugal subiu durante o mesmo ano em que o número de pobres aumentava. O que isto lhe diz?
a) Não há dinheiro.
b) O dinheiro que há é mal distribuído.
Não hesite em denunciar aqui os casos de pobreza que conheça em Ferragudo, daquela visível ou mais disfarçada. Ter uma vida digna não é um luxo, é um direito!