quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Eleições legislativas de 2015

João Vasconcelos, cabeça de lista pelo Algarve,
atualmente vereador em Portimão

Nestas eleições legislativas o Algarve apresenta uma lista de candidatos à Assembleia da República merecedora do voto dos algarvios. Como cabeça de lista apresenta João Vasconcelos, atualmente vereador em Portimão e acérrimo lutador pelas grandes causas regionais, como são o fim das portagens na Via do Infante e a recuperação de valências e dignidade ao Hospital do Barlavento.
É natural de Portimão, onde exerce a sua carreira de professor de História, mas está intimamente ligado a Ferragudo, onde viveu grande parte da infância até ao início da idade adulta. Por isso, é um homem conhecedor das realidades locais, mais do que nenhum outro. E o mesmo se verifica em todos os outros membros da lista, homens e mulheres que vivem por todo o Algarve e são capazes de dar resposta aos anseios desta região tão castiga pelo desemprego e pela ausência de projetos revitalizadores. Em catorze candidatos, dois são independentes, e a representação feminina é assinalável:

1. João Vasconcelos, professor, 58
2. Leónida Norte, advogada, 37 (ind.)
3. José Moreira, professor universitário, 46
4. Manuela Goes, professora, 55
5. José Dourado, professor, 41
6. Andreia Pais, gestora, 28 (núcleo de Lagoa)
7. Jorge Ramos, engenheiro de telecomunicações, 53 (núcleo de Lagoa)
8. Celeste Santos, formadora, 51
9. José Domingos, empresário, 55
10. Gilda Gil, delegada de informação médica, 51
11. Pedro Mota, técnico de comércio e negócios, 43
12. Tatiana Caldeirinha, administrativa, 30
13. Tiago Grosso, rececionista, 37
14. Luís Catarino, bombeiro, 29 (ind.)

VOTA BLOCO por um Algarve feito de gente de verdade!

terça-feira, 14 de abril de 2015

Inundações e cheias

Foto de Luís Forra/lusa
Recentemente, a pretexto do projeto apresentado pela Administração dos Portos de Sines e do Algarve para o alargamento da entrada da barra do rio Arade, voltou-se a falar na segurança da baixa da vila de Ferragudo. Alguns edis lagoenses, nomeadamente o presidente da Junta de Freguesia, a vereadora do pelouro do Ambiente e o presidente da Câmara, mostraram pública preocupação quanto às possíveis consequências negativas para a povoação. Não é difícil antever que o chamado “mar de fora” ou estado marítimo alterado consiga entrar mais facilmente na embocadura do Arade e provocar perturbações na zona ribeirinha, como também o previsível aumento do nível do mar trará um número crescente de grandes marés ao longo do ano, afetando toda a zona baixa, com a agravante de não ter o atual anteparo dos molhes para retardar a subida das águas.
O Bloco de Esquerda une-se à apreensão dos executivos autárquicos, mas realça que, independentemente das alterações efetuadas na embocadura do Arade, é fundamental que os poderes locais apresentem um projeto inteligente para a melhoria da segurança na baixa de Ferragudo, pressupondo que os grandes riscos de inundação não se centram nas marés e tempestades marítimas, mas sobretudo nas eventuais descargas pluviais que ocorrem ocasionalmente e cujo “canal” da vila tem dificuldade em escoar. Como é sabido, na década de oitenta cimentou-se todo o regato, aterrou-se o grande arco da ponte antiga e criou-se o quiosque por cima do canal. A grande cheia de 1988 comprovou que se tratou de um colossal erro de planeamento. Depois dos avultados estragos, que felizmente não se traduziram em perdas humanas, emendou-se um pouco o disparate. Passadas três décadas da catástrofe, a Câmara e o executivo municipal têm que juntar as forças vivas do concelho e os técnicos e pensar num plano congruente para a baixa de Ferragudo, que permita minorar os aspetos previsíveis de grandes descargas pluviais ou a subida do nível do mar nos anos futuros, que não estão diretamente subordinadas à questão dos molhes.
            O BE, sendo o partido da cidadania e das soluções para defesa dos interesses das populações apresenta desde já propostas concretas para a menorização dos riscos de cheias em Ferragudo, que não passarão a acontecer num futuro hipotético, mas que já ocorreram com gravidade no passado e que advirão no presente das nossas vidas, com ou sem diminuição do molhe da barra. Elas passam por o alargamento e aprofundamento do “canal”, pela desobstrução do grande arco da ponte velha e pela subida do nível da via pública nos pontos mais sensíveis, sem afetar a relação de sobreposição das entradas das habitações.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Galardão ou destruição?


"O projecto da Casa 103, do gabinete Ultramarino / Marlene Uldschmidt Arquitecta, é o vencedor da categoria Interiores Residenciais dos prémios Architizer 2014, com os votos do público. Localizada na vila piscatória de Ferragudo, no Algarve, esta habitação ganha com as várias camadas de vidro, que criam divisões internas e externas, permitindo a entrada de luz natural em todos os quartos. "O desafio foi criar uma fachada que funciona como uma barreira física entre as áreas pública e privada, ao mesmo tempo que reforça a ligação visual com a vila e o rio", define o gabinete algarvio. Os vários níveis da Casa 103 servem como meio de integração na difícil topografia de Ferragudo."

Jornal Público, 02 de abril de 2014

Quando se observa o interior (http://p3.publico.pt/cultura/arquitectura/11515/ferragudo-tem-uma-casa-premiada-pelo-architizer) vê-se o porquê do prémio de arquitetura, mas, como mostra esta foto, do ponto de vista urbano, a casa nada tem a ver com a tipologia habitacional da malha antiga da vila. Infelizmente, a ausência de um plano de proteção dessa paisagem urbana única do Algarve, que é Ferragudo, tem permitido que aos poucos se descaracterize o que é tido como singular. Aos serviços da Câmara de Lagoa exigia-se que tivessem mais preocupações para além da qualidade arquitetónica do edificado. Porque é muito diferente quando um edifício está num conjunto ou fora dele, e se está num conjunto tradicional ou moderno. Acresce que a casa não nasce do nada, construiu-se à custa da destruição de uma pré-existente, uma atitude que não revela respeito pelo património.
Só para meditarmos, a casa tradicional não é apenas uma certa tipologia, é também um conjunto de materiais e formas de construir que estão extintas. Desaparecem as taipas e os adobes, tão presentes no sul do país, materiais imensamente mais ecológicos que os cimentos e tijolos e que garantem condições térmicas tão ou mais eficientes que estes modernos. 
Este prémio seria um verdadeiro motivo de orgulho se não atentasse contra o património ferragudense. Opinião polémica, mas convicta.

terça-feira, 25 de março de 2014

Pobreza

A fotografia que aqui vemos já faz parte da memória histórica do mundo ocidental. Foi tirada nos anos de chumbo da Grande Depressão americana, nos anos 30. Resultado da crise que rebentou em 1929 devido à instabilidade e desregularização do setor financeiro. Consequências: falências, muito desemprego, fracturas sociais. Felizmente, os EUA tiveram um presidente à altura, que não teve medo de aplicar medidas de esquerda para contrariar a derrocada. Na Europa já se sabe, Salazar, Franco, Mussolini, Hitler, etc., esses preferiram pôr ordem nos pobres desordeiros à força do bastão.
Veja-se a outra foto, em baixo, onde a guarda desanca num grupo de mulheres grevistas ou que apoiavam os maridos grevistas (1943).
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São estes os resultados atuais, de 2013 (dados de março de 2014), de uma política de direita que protege o setor financeiro em vez de defender a sociedade democrática portuguesa que elege os seus representantes.
Repetidamente ouvimos dizer que vivemos acima das nossas possibilidades. Pois, veja-se a tristeza dos números sobre as pessoas deste país, que é Portugal:

2% não tem dois pares de sapatos de tamanho adequado;
2% não pode assegurar uma refeição de carne ou peixe por dia;
7% das crianças não tem possibilidade de fazer uma simples festa de anos;
10% não tem acesso à net por razões económicas;
11% vive em casa onde o número de pessoas é superior ao de assoalhadas;
20% não tem dinheiro para comprar roupa nova;
24% das crianças não participam em atividades extracurriculares, como natação ou música;
28% não tem meios para aquecer a casa adequadamente;
43% não pode pagar uma dívida inesperada no valor de um seu salário;
60% não tempossibilidade de pagar uma semana de férias por ano...

E no entanto o número de milionários em Portugal subiu durante o mesmo ano em que o número de pobres aumentava. O que isto lhe diz?
a) Não há dinheiro.
b) O dinheiro que há é mal distribuído.

Não hesite em denunciar aqui os casos de pobreza que conheça em Ferragudo, daquela visível ou mais disfarçada. Ter uma vida digna não é um luxo, é um direito!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Animais abandonados

Em dezembro de 2013, apresentámos em Assembleia Municipal uma proposta para que fosse implementado um programa de esterilização municipal, dirigido a animais domésticos errantes (que foram abandonados ou nasceram em liberdade) e a animais com donos que quisessem optar por essa solução. 
A ideia era criar um serviço ambulante, em carrinha, em tudo semelhante ao que já existe para a vacinação, só que este programa seria destinado à esterilização, para alcançar a meta de redução significativa de animais errantes, nomeadamente cães e gatos. Uma medida suave que evitaria a atual política de abate. O abate não resolve verdadeiramente o problema, tem custos económicos e revela uma ética duvidosa.
A prática da esterilização para reduzir a sobrepopulação de cães e gatos é uma opção mais eficaz e economicamente menos dispendiosa face ao custo verificado com as recolhas, alimentação, eutanásia e incineração.
Na zona de Ferragudo é reconhecida a situação de existência de vários animais errantes, nomeadamente com a formação de matilhas, como a "matilha da Lota", que podem colocar em perigo outros animais, pessoas, ciclistas, e veículos motorizados. De tal ordem tem sido que se tornou mediática, com direito a páginas de jornal. Depois, forçosamente a Câmara lá terá capturado um ou outro exemplar para efeitos simbólicos. Não basta.
O Canil Municipal deve ter políticas proativas e humanas para a resolução deste tipo de problemas, que passam não só pelo controlo de doenças, mas também pelo diminuição das populações semi-selvagens, de forma suave e faseada, sem ter necessidade de recorrer a soluções radicais.
A proposta, não sabemos bem porquê, foi apodada de ridícula,  e extravagante, uma vez que, diz o recente partido com maioria na Assembleia (PS), que o Canil municipal tem todos os meios e tem realizado estas tarefas de forma cabal. Será?! 
O problema parece não ter desaparecido e a política de avestruz não costuma resolver seja o que for. Resta-nos apelar aos cidadãos para que sejam mais conscienciosos na relação com os animais, não os abandonando, tratando-os e adotando aqueles que foram abandonados.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Demolição no Bairro dos Pescadores



O Bloco de Esquerda constatou que uma das moradias do Bairro dos Pescadores, em Ferragudo, a da extremidade norte, foi arrasada sem qualquer contemplação.
A casa apresentava-se em razoável estado de conservação, pelo que temos alguma dificuldade em perceber os motivos do ato praticado. No nosso entender, trata-se de um conjunto arquitetónico interessante e ímpar no concelho, com cerca de seis décadas, pelo que deveria merecer especial carinho e proteção por parte da entidade executiva do concelho. Lembramos que, já no início do anterior mandato, em Assembleia Municipal da Freguesia de Ferragudo, o Bloco de Esquerda propôs a classificação patrimonial do conjunto, intuindo que a situação privilegiada de frente-rio e a previsível construção da marina acirrariam a especulação imobiliária naquela zona. Infelizmente, parece ter acontecido. É irónico verificar que na cidade vizinha de Portimão, apesar da voracidade imobiliária ao estilo de Torremolinos, o Bairro dos Pescadores, lá existente, tem resistido às vicissitudes do tempo. Em Ferragudo,tem ainda o mérito de ser um belo cartaz de visita em quem entra na freguesia, pelo que se requeriria maior zelo por parte dos moradores e edilidade na manutenção da uniformidade estética daquele belíssimo perfil de casas.
Como se pode observar pela foto, a geminação das habitações, com um alpendre comum em arco, fica completamente amputado e surreal. Espera-se uma habitação moderna que não se ajuste minimamente ao conjunto. Onde ficou a sensibilidade dos responsáveis municipais? Para esclarecer o assunto, entregámos um pedido de esclarecimento ao executivo camarário, a fim de obter uma resposta racional para tal desaire urbano.
REABILITAÇÂO, SIM!
DEMOLIÇÂO, NÂO!

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Resultados eleitorais 2013

O Bloco de Esquerda agradece aos ferragudenses que, neste domingo de 29 de outubro, não cederam à preguiça da abstenção e foram votar na alternativa de esquerda.
Foram apenas 4,44% dos votos, menos do que em 2009, pelo que este mandato o Bloco não marcará presença com nenhum membro na Assembleia de Freguesia. É uma perda de que apenas beneficiou o PSD, o partido que mais cresceu na freguesia.
Durante o anterior mandato, nós não deixámos de apresentar inúmeras propostas concretas e válidas, para a melhoria das condições de vida dos ferragudenses, e até fomos o grupo político que mais propostas apresentou.
No entanto, em termos gerais, Bloco cresceu um pouco no concelho e manterá o seu representante, David Roque, na Assembleia Municipal, bem como um membro na Assembleia de Freguesia da atual União de Freguesias de Estômbar e Parchal, Andreia Pais.
Ferragudo pode ter uma certeza, Aníbal Almeida e o núcleo de Lagoa, continuarão a estar presentes na freguesia, vigilantes e atuantes. No que depender de nós, esta vila continuará a ser amada e protegida.