Em dezembro de 2013, apresentámos em Assembleia Municipal uma proposta para que fosse implementado um programa de esterilização municipal, dirigido a animais domésticos errantes (que foram abandonados ou nasceram em liberdade) e a animais com donos que quisessem optar por essa solução.
A ideia era criar um serviço ambulante, em carrinha, em tudo semelhante ao que já existe para a vacinação, só que este programa seria destinado à esterilização, para alcançar a meta de redução significativa de animais errantes, nomeadamente cães e gatos. Uma medida suave que evitaria a atual política de abate. O abate não resolve verdadeiramente o problema, tem custos económicos e revela uma ética duvidosa.
A prática da esterilização para reduzir a
sobrepopulação de cães e gatos é uma opção mais eficaz e
economicamente menos dispendiosa face ao custo verificado com as recolhas, alimentação, eutanásia e incineração.
Na zona de Ferragudo é reconhecida a situação de existência de vários animais errantes, nomeadamente com a formação de matilhas, como a "matilha da Lota", que podem colocar em perigo outros animais, pessoas, ciclistas, e veículos motorizados. De tal ordem tem sido que se tornou mediática, com direito a páginas de jornal. Depois, forçosamente a Câmara lá terá capturado um ou outro exemplar para efeitos simbólicos. Não basta.
O Canil Municipal deve ter políticas proativas e humanas para a resolução deste tipo de problemas, que passam não só pelo controlo de doenças, mas também pelo diminuição das populações semi-selvagens, de forma suave e faseada, sem ter necessidade de recorrer a soluções radicais.
A proposta, não sabemos bem porquê, foi apodada de ridícula, e extravagante, uma vez que, diz o recente partido com maioria na Assembleia (PS), que o Canil municipal tem todos os meios e tem realizado estas tarefas de forma cabal. Será?!
O problema parece não ter desaparecido e a política de avestruz não costuma resolver seja o que for. Resta-nos apelar aos cidadãos para que sejam mais conscienciosos na relação com os animais, não os abandonando, tratando-os e adotando aqueles que foram abandonados.
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